sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

A reinvenção da história do descobrimento


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A reinvenção da história do descobrimento
A tarefa complicada de querer reforçar a teoria do descobrimento.
PDF 792

Um grupo de historiadores, mais um secretário de cultura, com banca de cientistas e pesquisadores, querem alterar o que foi escrito como história. Querem provar que Cabral chegou primeiro no Rio Grande do Norte, na região de Touros/RN (1501), antes de chegar em Porto Seguro/BA (1500). Baseados em pesquisas querem alterar o que já foi escrito e lavrado como verdade. Escrito a punho e de papel passado.

E talvez descubram que os brasileiros possuem origem francesa ou holandesa, quiçá americana, pela presença de Cristóvão Colombo, em solos potiguares.



Nem o nome das caravelas da esquadra de Cabral aprendemos na escola. Mas todos sabem os nomes das caravelas de Colombo. Existe uma intenção na história que é tida como verdade e registrada como parte de um currículo de conhecimento. E são justificadas por um tempo cronológico, a partir de um ponto de vista. Conhecemos a história contada pelos portugueses, mas pouco sabemos sob o ponto de vista dos índios, que já ocupavam essas terras.

A tudo reza um interesse e um critério. Comecemos pelo tratado de Tordesilhas (1494), assinado bem antes do denominado descobrimento. Ainda que navegadores primeiramente chegassem a Touros, resta saber o interesse de um desembarque e o registro do fato. A descoberta da América por Colombo (1492).  Somente após a virada do século, o Brasil foi descoberto, com a demarcação das terras, divididas entre Portugal e Espanha. Teriam os portugueses a certeza de estar antes da linha divisória de Tordesilhas ao chegar em Touros? O mais correto seria retornar algumas milhas, contornando o continente, buscando um porto seguro. E então a chegada oficial, o marco para ficar na história. A data e o local, vale o que foi escrito pelo escrivão oficial da frota PVC.

A história diz que os potiguares não eram muito amistosos. E uma região de dunas e areias não teria nenhum interesse comercial. Segundo consta ele procuravam e precisavam de especiarias. Somente encontrar uma madeira nobre, pedras preciosas e minerais nobres, justificaria um desembarque e lavrar um documento de posse, que deveria logo ser reconhecido e registrado.

Os autodenominados descobridores de novas terras, já lavraram cartas e documentos do que supunham ter descoberto com autorização e reconhecimento da Igreja. Não importam teorias de ventos e correntes marítimas, que não podem ser comprovadas, séculos após um evento. O regime de ventos muda com o tempo e a inclinação terrestre. O maior exemplo e o calçadão da praia de Ponta Negra, em Natal/RN, destruído pelas ondas depois de anos, quando já se julgava consolidado. E agora insistem em construir um enrocamento, sem estudar e analisar os antigos e novos parâmetros necessários.

Um outro detalhe ainda cabe ser analisado. A precisão das informações e a precisão das distâncias, que hoje podem ser mais precisas, do que no tempo das caravelas, sem pontos de referência no desconhecido no litoral brasileiro. As diversidades de medidas usadas, como milhas e léguas marítimas e milhas e léguas terrestres; braças e nós. Ainda hoje algumas medidas podem variar de acordo com o estado. Além do comportamento das águas e dos mares, e dos ventos na região equatorial, ser diferente da região tropical, a que estavam acostumados.

E se existia um diário de bordo, este já deve estar destroçado, evitando embaraços no futuro.

A esquadra de Ruy Gaspar, com suas caravelas Rosana Mazaro e Aninha Costa, tenta mudar o rumo da história, atracando em Touros onde estava um marco chantado. Trocam o monte Pascal pelo pico do Cabugi.

RN, 23/12/2016

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Sobre as definições e as palavras


Sobre as definições e as palavras
Sobre os conceitos criados
PDF 791


A Terra circula solta no espaço, flutua na imensidão sideral, já não está presente Atlas para suportar seu peso. O homem já foi ao espaço, criou espaçonaves, e observou que Atlas não existe, era apenas uma suposição, e a imaginação daqueles que ainda não poderiam chegar ao espaço, e olhar a Terra de um outro ângulo, confirmando a tese..


Da Terra que era plana, e os oceanos desaguavam para o infinito no horizonte, tornou-se redonda. O homem sempre procura respostas para o que percebe. E não tendo respostas, atribui aos deuses, tudo que percebe, não tem respostas, mas percebe os efeitos. Sabe e vê, mas não pode fazer. É necessário atribuir uma causa, ou um efeito causador, o provocador de um fenômeno. Mas o céu e o espaço trouxeram inspiração para descobrir formas e movimentos. Descobrindo novas terras. E de Atlas restou um conjunto de mapas, representando a superfície terrestre.


Um dia pensou-se que a Terra era plana, e segundo a história, que nos foi contada, Colombo queria navegar para chegar ao ponto de partida, por um outro lado, provando uma teoria da esfericidade terrestre. Pouco se sabe sobre suas outras intenções, se era para provar que a Terra era redonda, ou para descobrir outras terras que já se sabiam existir. E situação tal aconteceu com Cabral, sobre saber seu destino. Confirmado pela cruz avistada no céu, a partir do Hemisfério Sul. Enquanto navegavam ou caminhavam no Norte, só havia uma estrela que determinava um destino, um ponto cardeal, o rumo norte, apontado pela Estrela do Norte. E assim começam os norteamentos das ideias. O olhar para o Norte, deixou de ser uma referência geográfica, para ser uma referência civilizatória e do conhecimento. O olhar para onde estava um povo desenvolvido. E por um destino premeditado, a bandeira brasileira, foi confeccionada, com uma estrela acima, da faixa, simbolizando a linha do Equador. O Brasil sob um eterno domínio de lideranças acima do globo.


A partir do Hemisfério Sul, com o Cruzeiro do Sul, surgiram outros direcionamentos. Com novos objetivos, já que estavam em outras terras, a princípio sem donos. Poderiam ocupar e explorar e que encontrassem com autorização da igreja, em contato direto com Deus.


Hoje todo mundo sabe citar o nome das caravelas de Colombo, mas as de Cabral não são citadas. Falta de informação ou falta de interesse em fazer parte da história as caravelas de Cabral. Desde o tempo do início do aprendizado, somos tendenciosos a um maior conhecimento, ainda que breve, sobre a América. O conhecimento da história do Brasil se baseia em exploração e ocupação das terras, colocando os brasileiros, como um povo subalterno. Não se construiu a história de um povo brasiliano. Preferiu-se a denominação de grupos trabalhadores, os que desembarcavam para a extração de pau brasil, os brasileiros, que chegavam para ocupar as novas terras.


A cruz foi o maior legado de Jesus Cristo. Todos em sua época, eram sacrificados em um madeiro, um tronco fincado no solo. Com a crucificação de Jesus, fortaleceu-se o símbolo da cruz. reinou a cruz e o crucifixo. A cruz com suas linhas ortogonais, que influenciou pessoas e pensamentos, a partir de duas linhas retas cruzadas. A ligação entre o Céu e a Terra. O olhar do homem sobre a terra, da cruz se fez o arado, a pá e o machado; com pás e picaretas remexeu a terra em busca de riquezas.


A cruz de Jesus no ocidente, foi levada por Paulo pelo mar Mediterrâneo. No continente europeu aconteceram as cruzadas, usando a cruz como punhais e espadas. Espanhóis e portugueses, com uma cruz sobre seus barcos, formaram os mastros, construíram suas caravelas, estampando cruzes em suas velas. E partiram no rumo ocidente. O mesmo aconteceu com a maçã. No oriente fez parte da história de Adão e Eva, seguindo para o ocidente fez história com Newton na Inglaterra, seguindo mais adiante, e mais para o ocidente, chegou nos EUA, com Steve Jobs e a Apple. E três maçãs mudaram o sentido e rumo do mundo: a maçã de Adão e Eva; a maçã de Isaac Newton e a maçã de Steve Jobs.  Em Nova Iorque, a Big Apple.


Com a cruz o engenheiro fez seus instrumentos de trabalho, régua, compasso e esquadro. O advogado na condição de juiz fez seu martelo, decretando penas e sentenças. E o médico antes da medicina científica, com o curandeirismo fazia suas rezas. E a cruz sobre o peito tornou-se um estetoscópio, ouvido as batidas cardíacas do outro. Jesus foi médico, advogado e engenheiro; curou, construiu e defendeu. As três profissões fundamentais: médico, advogado e engenheiro, e destas surgiram outras.



Descartes apropriou-se da cruz criando gráficos, que perpetuaram seu nome, em planilhas e projetos. Um gráfico que até hoje é usado pela ciência. Usado para fazer projeções e estatísticas, prevendo um futuro, com informações coletadas no passado. Uma cruz que serviu de esquadro, régua e compasso facilitando desenhos da engenharia. Com uma cruz foram feitos os postes ao longo das estradas de ferro, transferindo mensagens em Código Morse. Com torres em cruz, transferem energia elétrica.


Um código baseado em pontos e traços, tal como as dualidades do dia e da noite, e do computador com zero e um. Com a descoberta da eletricidade, os postes passaram a levar energia elétrica, estacas em forma de cruz, com fios suspensos de positivo e negativo.


E então, informando e comprovando que a Terra era redonda, trouxeram como resultados as caravelas. A tomada de Constantinopla serviu de alternativa e estratégia para os europeus; que se lançaram ao mar e descobriram outras terras, e outros caminhos. Evoluíram a ciência com os transportes marítimos. O europeu saiu da caixa em que vivia. Muitos podem ter sido condenados à fogueira por teorias contras as que já existiam e estavam consolidadas.  O local de formação do conhecimento era a igreja, e só valia o que ela consentiu, e tinha suas provas, criadas em mosteiros, como o berço do conhecimento.


Caiu o conceito de que a Terra era plana, e formou-se o conceito de que a Terra era verdadeiramente redonda, como comprovado pelas navegações, pela aproximação ou afastamento de um navio no horizonte. Os mastro era o primeiro ou o último a ser avistado, de acordo com o destino do barco. E até pela sombra sobre a Lua, quando ocorre um eclipse, também pode ser observado a esfericidade da Terra. As navegações eram aprovadas pela igreja. Os reis eram católicos. O descobrimento do Brasil, a ocupação da terra e o processo de catequese, também foram com o consentimento da igreja, que determinava as leis e o Direito. Até hoje nas faculdades de Direito, começam seus estudos pela lei mosaica; e código de Hamurábi, um código bastante antigo. E os melhores referenciais do direito estão na Itália. O país que lembra uma bota, com um chute inicial


E outros conceitos surgiram. Como a Terra redonda e achatada nos pólos, facilitando a construção de mapas por cartografias diferentes. Por um período de tempo afirmou-se que seu formato seria peroide, assim como uma pera, com um dos lados, em um dos polos mais volumosa. Outro conceito seria que ela é redonda, mas um tanto disforme, com o deslocamento dos continentes. E assim são os conceitos, um superando o outro, de acordo com um momento e de acordo com o conhecimentos. E assim também são as palavras, que diferem de acordo com o local e o momento que são usadas, elas não são únicas e não são eternas, Até porque o uso das letras tem um limite, para definir tantas coisas. E algo só existe a partir do momento que passa a ser conceituado. E desta forma muitas coisas se repetem.


A Terra gira livre no espaço repetindo alguns movimentos. A começar com um giro em torno do seu próprio eixo, criando então o dia e a noite, de acordo com o lado voltado para o Sol, ou voltado para o espaço. A partir do conceito de dia e noite, podemos criar outros conceitos antagônicos, claro ou escuro; sim ou não. quente ou frio; sólido ou líquido. O movimento em torno do Sol dá origem às estações do ano, classificadas em quatro momentos, sempre repetidos. Outros movimentos acontecem, como uma mudança do eixo, tal como uma bola ao ser girada.


Lavoisier afirmou que nada se cria e nada se forma, tudo se transforma, enquanto Chacrinha dizia que nada se cria e tudo se copia, ou seja tudo um dia se repete, em algum lugar, mesmo que seja de uma outra forma, e vejamos alguns exemplos, a partir da cidade de/do Natal/RN (de acordo com o autor).  Um Lavoisier na política também fez história em Natal/RN.


Um dia os holandeses invadiram Natal, em um tempo onde o que era mais valioso a cana de açúcar. Hoje a mercadoria de valor maior é o conhecimento. E os holandeses travam atualmente uma outra disputa com os portugueses, na Avenida Roberto Freire, onde encontramos Maurício de Nassau e Estácio de Sá (Batalha na Avenida Roberto Freire. Publicado no Jornal de HOJE; Natal;/RN). E ainda existe uma associação entre potiguares e americanos, entre os concorrentes portugueses e holandeses, instalados na mesma avenida...


Enquanto os ocidentais imaginavam Atlas segurando o mundo, os orientais imaginavam que o mundo estaria nas costas de um elefante. E o mapa do RN, lembrando o contorno de um elefante, tem o mundo representado em suas costas, com cidades que lembram outras cidades do país e outras cidades do mundo (Elephante de Shiva. Publicado em O Mossoroense: Mossoró/RN).  Um outro local que lembra um elefante é a Suíça, com sede de várias organizações mundiais. Tudo de um modo ou de outro, se repete. A Bíblia é um livro para ser sempre interpretado sistematicamente, de acordo com a evolução do tempo.


E a partir dos movimentos da Terra limitamos nossas definições e nossos conceitos. Vivemos um mundo limitado a partir do que é encontrado. Fica difícil imaginar outras situações: como dias ou noites, sendo uns maiores  que outros; um céu com várias Luas; algo diferente de animal, vegetal ou mineral.


E então voltemos aos conceitos e as palavras. Nenhum e nem outro é eterno para que possa ser atribuído um autor, tudo muda com o tempo. Alguma coisa que é válida no lado dia, pode não ser válida no lado da noite. Algo imaginado no lado dia, pode ser também imaginado do outro lado, quando esse for dia. As ideias não são únicas, estão soltas no espaço, onde várias pessoas podem captá las, intuí-las a partir de algo semelhante.  O imaginário de ideias soltas no espaço já foi comprovado com experiências com animais situados em ilhas diferentes. Uma afirmação para os que só acreditam na ciência, com experiências comprovadas por fatos e estatísticas.


A ciência é como uma religião, onde com dados coletados afirma-se um futuro. E aguarda-se com fé os resultados, baseados em estatísticas que tal evento deverá se repetir. Hoje é muito comum em períodos de chuva ouvir no noticiário que em determinado local choveu em um dia, toda a precipitação aguardada para um mês, segundo dados coletados ao longo de um período de tempo. As chuvas esperadas, também podem não chegar. Faltam a meteorologia e a climatologia refazer seus cálculos, inserindo informações da alteração do ambiente. Alterações da tecnologia e alterações do aumento de população, com o desmatamento e urbanização de grandes áreas alterando o regime pluviométrico.


Da mesma forma é a Bíblia, que pode ser reinterpretada ao longo. do tempo. Crescei e multiplicai já não se refere a procriação da espécie, mas multiplicar e crescer o conhecimento. Oferecer a outra face, oferecer um outro ouvido para escutar novamente aquilo que não foi entendido. No início tudo era um caos, pode ser comparado a uma viagem pelo espaço atravessando a camada de planetoides com vários asteroides cruzando a trajetória de uma nave espacial. Separar as terras das águas, pode ser percebido ao utilizar o Google Earth, aproximado-se da terras e surgindo os continentes. E fez-se a luz, uma astronave ao entrar na atmosfera depois de estar na escuridão do espaço. Lembrando também que na Bíblia há uma passagem que diz, carruagens de fogo descendo do céu. naquele momento os observadores só reconheciam uma carruagem como transporte.


Pela teoria de deriva dos continentes, um dia estavam todos juntos e se separaram. A eterna presença da Bíblia de acordo com um conhecimento ao longo das épocas. E o mesmo se dá com o Alcorão, com conhecimentos bem remotos, continuam sendo válidos.
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Roberto Cardoso (Maracajá)
Reiki Master
 .
19/12/2016


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Texto em: 
Kukukaya
nov/dez 2016

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Notas a um texto ou Recado a um poeta

Notas a um texto
ou Recado a um poeta
PDF 786


Notas a um texto ou Recado a um poeta (PDF 786). Dois títulos em um mesmo texto, destacando dois destinos de leitores, um amplo e outro objetivo; um para um grupo e outro exclusivamente a uma pessoa. Realçando a dialética dos textos e dualidade do mundo; fugindo da regra poética; desobedecendo a formatação científica. A bipolaridade das pessoas, e a dicotomia dos temas. Nem tudo é cartesiano e nem tudo é ortogonal. Existem outras visões do mundo e visões diferentes para um mesmo tema. Tudo depende de um conhecimento anterior obtido. Um conhecimento que favoreça ou desmitifique uma ideia, um ponto de vista a partir do autor, com os seus parâmetros e objetivos; suas epistemologias e teorias do conhecimento. A compreensão e a interpretação do leitor.

A bipolaridade de Deus, influenciou a bipolaridade do homem, que foi feito à sua imagem e semelhança. Deus criou os céus e a terras, separou as águas das terras; criou o dia e a noite, com o Sol e a Lua. Criou mares e rios, água doce e água salgada. E restou o infinito de estrelas para serem interpretadas. Criou Adão e Eva, o homem e a mulher. O bem e o mal foram designados, definidos e interpretados por Deus. E o homem só enxerga dois lados: sim e não; positivo e negativo; norte e sul; leste e oeste. O que é contra e o que é a favor. O que lhe favorece e o que lhe desfavorece. O côncavo e o convexo.

Um grupo de pessoas, seja social ou profissional, tem um comportamento com características próprias, um habitus de comportamento e um discurso que os diferencia de outros grupos. Um mesmo grupo pode ter características próprias, mesmo contendo pessoas que pertençam a outros grupos, com comportamentos diferentes. E outros grupos podem ter outros comportamentos, onde cada elemento do grupo pode ser moldado, assimilando e seguindo comportamentos próprios, referentes ao grupo. Grupos sociais ou profissionais podem formar um bloco, por vezes histórico, de compromissos e lutas sociais, ao longo do tempo e uma história. Criando, permeando e fortalecendo o grupo. Cada grupo cria suas estratégias de diferenciação e de reconhecimento. Cria rituais de inserção e de compromissos; e um vocabulário próprio, valorizando e agregando valores ao grupo. uma estratégia simbólica de impedir a entrada de outros elementos que não pertençam ao grupo. Como grupos que dominam uma regra de escrita e de bibliografias, criando regras ortográficas e de formatação de um texto. Como médicos que dão nomes científicos, reconhecidos pela medicina, para sinais e sintomas particulares e pessoais, que entendem ser um conhecimento vulgar, baseado na cultura popular, sem fundamentação científica. O empirismo diante do cientificismo, vestido de branco com um diploma na parede, auxiliado por um corporativismo. E como docentes que traçam uma carreira de especialistas, mestres, doutores e pós doutores, cumprido e realizando rituais com vestuários diferenciados, de passagens e engajamento, para serem aceitos nos novos grupos. O grupos dos que dizem deter um conhecimento, com seus líderes catedráticos. O bacharel é um exemplo básico, de alguém afirmar que pertence a um grupo; um grupo que deseja destaque.

E no entanto, no parágrafo acima,  não temos a necessidade de citar o nome de Bourdieu que usou a palavra habitus para definir o comportamento e os hábitos de um grupo. Como também não temos o compromisso com Michel Foucault, ao usar a palavra discurso, ao se referir o modo e o conteúdo da fala de um grupo. Nem com outros autores que se propõem a utilizar um método de análise do discurso. Não temos a obrigação de citar Aurélio, Cegalla, Houaiss, ou outros, com a definição exata do que significa comportamento. São pontos de vista de diferentes autores, que podem facilitar o entendimento de suas definições e teorias. Por vezes até muito semelhantes, mas com pequenas particularidades, a partir de seus conhecimentos e pontos de vistas.  E ao citar blocos históricos ou sociais, não necessariamente precisamos recorrer a Gramsci.

O ponto de vista é a vista de um ponto. Cada um tem seu ponto de vista a partir de um lugar, um lugar onde formou suas ideias e seus pensamentos. Com vivências e convivências. Leonardo Boff falou em algum livro palavras semelhantes sobre pontos de vista, às que foram aqui citadas. O conceito foi absorvido, com variações de palavras. Com a mesma estratégia de dissertações e teses, redimensionando e parafraseando as palavras.

Um fato citado de um livro, de um material escrito, poderia requerer uma citação da fonte, livro e/ou autor; data da publicação e etc. Mas quando o conhecimento se incorpora ao conhecimento de outro, passa a fazer parte do seu conhecimento adquirido, não requer mais citação. O autor apropria-se de um conhecimento apoderando-se das palavras. A não ser que, o texto seja colocado na íntegra. A citação é muito exigida em artigos científicos para que outros possam avaliar o conhecimento do autor e criticar suas fontes; criar antíteses a partir de novas teses. A linguagem científica não passa de um estilo literário, criando regras, para que autores não sejam esquecidos. Perpetuando o que é chamado de conhecimento científico. Até uma simples nota deveria seguir regras de diagramação e de formatação, como tamanho da fonte e recuo do texto. Regras que determinam um poder sobre a intelectualidade de outro. A busca incessante de um erro, procurando desmerecer o trabalho apresentado. A incessante busca do conhecimento e da verdade.

E como dizia Câmara Cascudo, ele não fazia livros baseados em livros. Mas quando estudamos ou fazemos a leitura de um texto ou um livro, acabamos por incorporar seus conhecimentos e informações, com o conhecimento angariado anteriormente. Um emaranhado de informações estão armazenadas no cérebro entremeando-se com as novas informações que chegam.

Das viagens surgiram os conhecimentos. O homem quando passou a ser nômade, surgiram necessidades de encontrar água e alimento; precisou de tecnicas e estrategias; precisou estabelecer uma praxis. Darwin criou uma teoria a partir de suas viagens, observando animais em lugares distantes. O mesmo se deu com as grandes navegações, ganhando conhecimento a cada milha navegada. Com a fixação do homem em cidades, surgiu a necessidade da escola, para divulgar conhecimentos adquirido em viagens.  Em busca da água e da cidadania.

Ninguém sabe o rumo e a direção, o destino das sinapses, como faíscas incessantes em um ambiente escuro, buscando e entrelaçando informações encontradas na imensidão da massa cinzenta. A cada segundo uma nova informação chega, por uma malha de sensores sobre a pele, identificando pressões, umidade ou temperatura. As informações que chegam através dos olhos e ouvidos são imensas. Tem cheiro de informação no ar.

Da mesma forma acontece na internet, chegam ideias, notícias, informações e conhecimentos por todos os lados. Pelas redes sociais, por e-mais e por sites e links escolhidos ou navegados. Por sistemas associados aos serviços telefônicos. Informações aparecem nas telas sem serem convidadas, que podem ser abertas com um simples passar por cima, com recurso do indicador do mouse.

E os poetas que me perdoem, eles podem até criar e inventar palavras, mas não criam idéias. A partir de um conhecimento existente, o transmitem em versos que obedecem normas e regras, algo metrificado, para ter uma qualidade sonora, que permita a mente arquivar, com facilidade, não somente pelo conteúdo escrito mas pelo encadeamento sonoro das palavras, que facilitam as ideias.

Dos versos na oralidade, surgiu uma literatura de cordel, um conhecimento escrito. E os acadêmicos estudaram para criar as regras, do que é e do que não é cordel; O cordelista nato pode não estar preocupado com isto. mas pode ser excluído da escola e da sociedade, como analfabeto e não instruído.

RN 05/12/2016

Roberto Cardoso
Reiki Master

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Notas a um texto
ou Recado a um poeta
PDF 786

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sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Bodega Potiguar: A Cultura de terno e gravata

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Bodega Potiguar: Na Bodega de Militana

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Roberto    Cardoso     (Maracajá)  
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Articulista     ­    Cronista     ­    Ensaísta  
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Reiki    Master    &    Karuna    Reiki    Master  
Jornalista    Científico     FAPERN/UFRN/CNPq    

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